PRESSÃO: governador faz cobrança aos deputados para que destravem a pauta e finalmente votem os projetos: ‘é uma questão de respeito à população’
O governador Ricardo Coutinho fez um apelo nesta terça-feira (14) para que os deputados tanto da oposição quanto da base governista para que votem as matérias que tramitam na Assembleia Legislativa e que destravem a pauta a fim de que projetos como o Empreender Paraíba não fique trancado e que possa beneficiar a população.
“É preciso que os parlamentares tenham empenho nas votações e possam destrancar a pauta. Primeiro tem que votar as matérias por uma questão de respeito à população. Se alguém acha que uma verba de R$ 5 milhões destinadas ao Empreender é ruim que vote contra, mas se considerar boa, vote a favor, contanto que vote. Se alguém acha que o Estado está acima dos limites da responsabilidade fiscal, mas que no esforço enorme consegue o 5º maior piso da educação no país e acha isso errado, que vote contra, se acha certo, vote a favor, mas tem que votar!”, desabafa Ricardo Coutinho.
O governador acredita ainda que até esta quinta, último dia de votação na ALPB antes do recesso parlamentar, os deputados devem votar os projetos e deixarão a pauta normalizada.
“Faço um apelo fraterno para que todos os deputados possam colocar a frente de qualquer importância pessoal, o interesse da população, é isso que importa”, finaliza Ricardo.
REPERCUSSÃO NACIONAL: Folha de São Paulo repercute acusações graves do presidente do Treze de CG contra a classe política paraibana
O jornal “Folha de São Paulo” estampou em seu portal, nesta segunda-feira (13), matéria sobre o “futuro obscuro” que rodeia o Treze de Campina Grande após ser condenado por prática antidesportiva pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba.
Com o título “Acusado de 'cai-cai', Treze vê título paraibano ameaçado”, o portal além de rememorar todo o processo que culminou na desclassificação do time de Campina Grande, ainda trouxe algumas acusações graves do presidente do Galo, um delas acusando a classe política de praticar “tráfico de influência” para beneficiar o Botafogo (o que pode figurar como crime).
“A força política do rival motivou a desclassificação do Treze”, afirmou o dirigente trezeano Fábio Azevedo.
Leia a matéria
Acusado de 'cai-cai', Treze vê título paraibano ameaçado
Quase três semanas depois de comemorar o título paraibano, o Treze vê sua conquista ameaçada.
Em campo, o Treze foi campeão depois de faturar o primeiro e segundo turnos. Mas no último dia 1º, a Justiça Desportiva da Paraíba decidiu cancelar a decisão da segunda fase entre a equipe e o rival local Campinense. Uma semana depois, a Federação Paraibana de Futebol determinou que Botafogo de João Pessoa e o mesmo Campinense fizessem uma nova final do 2º turno nos dias 19 e 26 de junho.
A anulação se deu após o Botafogo, time que foi eliminado na semifinal da segunda fase pelo Treze, entrar com uma ação na Justiça Desportiva reclamando que o rival provocou o chamado 'cai-cai'. Para isto usou como argumento o artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
"Dar causa a não realização ou impedir o prosseguimento de partida, prova ou equivalente que estiver disputando por simulação de contusão, por insuficiência numérica intencional de seus atletas ou por qualquer outra forma", diz o artigo.
A Federação Paraibana de Futebol informou ainda que o Treze foi multado em R$ 20 mil.
Outro lado
"Nós temos atestados médicos e ressonâncias magnéticas que provam as contusões dos atletas", disse o presidente do Treze, Fábio Azevedo. "Temos esperança de manter o título que conquistamos dentro de campo nem que seja necessário recorrer à última instância", completou o dirigente.
Segundo Azevedo, a "força política do rival motivou a desclassificação do Treze".
"Aqui no Nordeste, o coronelismo ainda predomina, né? É muito complicado jogar aqui. A maioria dos políticos defendem o Botafogo-PB. É absurdo o que estão fazendo conosco. Eles querem ganhar no grito. Acham que o futebol é feito como nos anos 30. Futebol é muito mais do que isso", disparou.
Caso a sentença do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba seja mantida, o vencedor da nova decisão do segundo turno entre Botafogo-PB e Campinense jogará contra o próprio Treze, pela final do Estadual, nos dias 3 e 10 de julho.
O caso
Na semifinal entre Botafogo e Treze, disputada no dia 8 de maio, após uma briga que acabou com três expulsões do Treze, dois jogadores da equipe de Campina Grande saíram da partida alegando contusão: o lateral direito Ferreira e o meia Doda.
Como não havia atletas suficientes para continuar a partida, o juiz encerrou o duelo, com o placar de 4 a 0 para o Treze, que classificou o clube à final do segundo turno.
Na partida de ida, o Botafogo, mandante do confronto, havia vencido o rival por 4 a 0. Pelo regulamento, o Treze tinha a vantagem no critério de desempate em caso de igualdade em número de pontos e saldo de gols.
A diretoria do Botafogo acionou o Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba, alegando que os jogadores da equipe rival provocaram o encerramento do confronto antes do tempo regulamentar.
"Eles começaram um cai-cai faltando dez minutos para acabar o jogo. Só porque eles fizeram o quarto gol. Não é a primeira vez que o Treze faz isso. Eles são reincidentes. Até em amistoso, eles [jogadores do Treze] já fizeram isso [simular contusão]', falou o sub-diretor administrativo do Botafogo-PB, Raimundo Nóbrega.
"No vídeo da partida, um dos jogadores coloca a mão em um joelho e no atestado apresentado pelo clube aparece a contusão no outro. Isto prova que não há idoneidade no atestado", apontou.
No dia 1º de junho, a Justiça Desportiva paraibana julgou procedente a ação e tirou os três pontos conquistados pelo Treze na ocasião, por 4 votos a 1, mas puniu apenas os jogadores expulsos: Carlos e Cléo (cinco jogos de suspensão) e Vavá (oito). Doda e Ferreira foram absolvidos.